Voz maior da terceira vaga do feminismo, Butler defende que, ao contrário do que se pensa, a não-violência é, na verdade, uma tática política coletiva astuciosa e até agressiva.
Para a principal teórica da corrente feminista hoje dominante, a não-violência é vista como uma prática passiva que emana de uma região
serena da alma, quando, na verdade, é uma posição ética dentro do
espetro do campo político.
A luta através da não-violência é travada por movimentos de
transformação social que reconhecem que a interdependência da vida
está na base de qualquer igualdade política ou social.
Sobre a Autora
Judith Butler (n. 1956), filósofa pós-estruturalista e ativista política
americana, é a mais destacada feminista da atualidade. Tem contribuído
decisivamente para as áreas dos estudos de género, teoria queer,
filosofia política e ética. Em 2012 venceu o Prémio Theodor W. Adorno
pelo seu extraordinário contributo na área da filosofia.