Sinopse
Anders Kopf é um jovem aspirante a escritor que decide mergulhar na pobreza por um ano e afastar-se de um passado doloroso. É um exercício temporário cujo objectivo é melhorar a literatura. Com os seus novos companheiros faz um batismo de pobreza, pratica roubos colectivos em matadouros, partilha refeições suspeitas e sofre injustiças pedagógicas.
Durante todo esse tempo, reescreve a sua própria história de orfandade e de crime. Eeva Wiseman é uma bela capitalista que herdou do pai um antigo matadouro, relíquia macabra do século XX. Administra com agilidade maternal o seu império de negócios, na sombra voraz da globalização, ao mesmo tempo que ressuscita da ressaca de um grande acidente e de um desaparecimento absoluto.
O que têm Kopf e Eeva a oferecer um ao outro? Entre o amor e a amizade, qual a melhor máquina? A liberdade e o sexo; a pobreza e a abundância; o triângulo homem, mulher, animal, são estas as várias máquinas modernas que alimentam a literatura.
Sobre a obra de José Gardeazabal:
«O primeiro romance de José Gardeazabal é um livro profundamente político, alegórico, irónico e aforístico.»
José Riço Direitinho, Público
«O que mais surpreende é a escala e o fôlego do seu projecto literário.»
José Mário Silva, Expresso
«O aparecimento de José Gardeazabal no plano literário europeu contribui para uma desconstrução da Europa moderna.»
Ana Catarina Anjos, A Europa face à Europa: poetas escrevem a Europa
«Um exercício invulgar, notável e vertiginoso que conduz a literatura para um lugar novo.»
Júri do Prémio Imprensa Nacional Casa da Moeda/Vasco Graça Moura
«Não deixará nenhum leitor indiferente.»
José Tolentino de Mendonça