Com 12 anos, Mala era apenas uma criança, mas teve de se debater com desafios que deitariam por terra até os mais destemidos. A autora de A Menina e a Gata, livro que chega a Portugal a 13 de janeiro, conta de maneira pungente a história real que faz dela uma sobrevivente do Holocausto. Com tradução de Rute Mota, este é um inesquecível relato do horror vivido durante a Segunda Guerra Mundial, apenas atenuado pela presença de uma gata: «Chamei-lhe Malach, que significa anjo em hebraico, e imaginei que ela era um verdadeiro anjo que olhava por mim.»
Sinopse
Tendo crescido na pequena cidade polaca de Tarnogród, nas imediações de uma densa floresta, Mala Szorer teve uma infância feliz e despreocupada no seio de uma família judaica. Mas aos 12 anos, com a invasão alemã, a sua cidade torna-se um gueto e a sua família e amigos são reduzidos à pobreza extrema e à fome. Mala decide resolver o problema sozinha: corajosamente, arranca a sua estrela amarela e arrisca a vida ao fugir para as aldeias vizinhas para tentar obter comida.
No caminho de regresso, assiste à deportação dos seus entes mais queridos. Para sobreviver, Mala afasta-se de tudo aquilo que ama e vai viver sozinha na floresta, escondendo-se dos nazis e dos aldeões hostis. Mala é seguida pela sua gata, que a acompanha e parece vir em seu socorro – milagrosamente – uma e outra vez. Malach, a gata, torna-se a sua família e o seu único refúgio na solidão, um guia e uma luz para manter a esperança, mesmo perante a mais insondável escuridão.
Sobre a Autora
Mala Kacenberg nasceu em 1927, no seio da família Szorer, em Tarnogród, na Polónia. Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, Mala, com 12 anos de idade, teve de defender-se sozinha. Tendo sido a única pessoa da família a escapar à deportação, conseguiu sobreviver graças à sua inteligência, à sua coragem e à ajuda de um anjo da guarda (a gata Malach). Depois do fim da guerra, com outros refugiados judeus, emigrou para Londres, onde criou uma grande família.
Boas Leituras ❤️