Mais de uma década depois, a Quetzal reedita O Livro dos Prazeres Inúteis. Desfrutar do prazer pode ser um ato de rebeldia.
Nunca é demais dizê-lo: as melhores coisas da vida são realmente de graça. É verdade que o prazer, pelo simples ato de desfrutar do prazer, não contribui para o crescimento da economia e, só por isso, pode ser encarado como um ato de rebeldia. E é a favor dessa rebelião, desse protesto agradável contra a sociedade do trabalho e do consumo que corrói o bem-estar e os momentos de ócio, que a Quetzal recupera aquele que podemos, sem falsas modéstias, encarar como o livro salvador destes tempos tão stressantes. A melhor forma de encarar 2022, não há dúvida.
Deixe-se levar pelo momento e pelo apelo da natureza e aproveite o que ela lhe oferece, sem culpa nem constrangimentos. O Livro dos Prazeres Inúteis, da dupla Dan Kieran & Tom Hodgkinson e com tradução de Vasco Teles de Menezes, é um antídoto contra a nossa vertigem de trabalho e velocidade. Um belo compêndio para quem acha que perdemos demasiado tempo a perder tempo de vida.
Sobre os autores:
Tom Hodgkinson é editor da Idler (uma revista que faz campanha permanente e em exclusivo contra o trabalho e a ética do trabalho) e autor de How to Be Idle (Como Ser Inútil). Dan Kieran é editor-assistente da mesma revista e organizador de Crap Towns (uma série de livros humorísticos sobre os piores sítios para se viver). Escreve para o The Guardian, The Times, The Daily Telegraph ou Die Zeit.