Título há muito esgotado em Portugal após variadíssimas reimpressões, O Marinheiro Que Perdeu as Graças do Mar vem enriquecer o legado de Yukio Mishima no catálogo da Livros do Brasil.
O crime e o castigo da honra perdida
Nesta alegoria, somos testemunhas de um amor que ultrapassa ventos e marés, mas que, ao olhar de um adolescente e seus amigos, é sintoma de uma fragilidade humana perigosa e inaceitável. Em resultado disso, nesta que é uma das histórias mais lidas do autor japonês por todo o mundo e já adaptada ao cinema, o desfecho não poderá ser senão brutal.
Sinopse
Rapazes de treze anos, Noboru e o seu grupo rejeitam os valores do mundo dos adultos, tão voláteis às paixões, tão desligados do verdadeiro sentido da existência.
Quando a sua mãe conhece o marinheiro Ryuji e se envolve com ele, o rapaz fascina-se com as histórias de aventuras no alto-mar, com a coragem e a calma daquele homem, com a solidez do seu corpo. Mas o grupo não se rende facilmente a encantos e, assim que o marinheiro desilude os seus ideais fundamentalistas, montam e põem em marcha um cruel plano de vingança.
Um dos mais breves e poderosos romances da obra de Yukio Mishima, O Marinheiro Que Perdeu as Graças do Mar foi publicado originalmente em 1963, revelando um olhar de um radicalismo brutal sobre a honra perdida de uma sociedade japonesa irremediavelmente transformada pela guerra.
Sobre o Autor
Novelista e dramaturgo, pseudónimo de Kimitake Hiraoka, nasceu em Tóquio em 1925 e suicidou-se de forma mediática, praticando o ritual japonês seppuku, a 25 de novembro de 1970, manifestando assim a sua discordância perante o abandono das tradições japonesas e a aceitação acrítica de modelos consumistas ocidentais.
O idealismo que enforma a sua obra e conduzirá a sua vida está enraizado no tradicionalismo militar e espiritual dos samurais, e a sua conceção da arte liga-se a um elevado culto da alma e do corpo.
Mishima é um dos mais conhecidos escritores japoneses, várias vezes apontado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura e autor de obras inesquecíveis como Confissões de Uma Máscara (1948), O Templo Dourado (1956) ou O Marinheiro Que Perdeu as Graças do Mar (1963).
Boas Leituras ❤️