Título: Abandonada por Amor

Autora: Roxanne Veletzos

Edição: Outubro de 2018

Tradução: Ana Saldanha

Páginas: 352

Editora: ASA

ISBN: 9789892343389

Sinopse

Numa noite gélida, uma menina judia chora.
Está sozinha, sentada à porta de um prédio de Bucareste.
Chama-se Natalia e foi abandonada.

Estamos em janeiro de 1941. A Roménia alia-se aos Nazis e a população judia é alvo de uma perseguição sem tréguas.

 A menina é levada para um orfanato, onde deixa de falar. Até ao dia em que é adotada por um casal abastado e, pouco a pouco, desperta para a sua nova vida. As memórias dos pais vão-se esbatendo. O destino deles é uma incógnita. Esses corajosos pais, que tomaram a mais dilacerante das decisões ao abandoná-la como única maneira de apagar a sua identidade…

Anos depois, Natalia apaixona-se. E também esse amor será levado ao limite. Victor ama-a a ponto de – também ele… – abdicar dela para a salvar. Pois os vestígios das verdadeiras origens de Natalia teimam em não morrer… e levam a uma descoberta que poderá alterar o seu destino para sempre.

A autora baseou o seu romance nas experiências da mãe, que foi abandonada pelos pais biológicos durante a II Guerra Mundial.

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Opinião

Começo por fazer referência ao título que não é o que parece. O original é The Girl They Left Behind e a editora optou por não traduzi-lo à letra, o que, para mim, faria mais sentido. Outro reparo, a gralha logo na capa, “dávida” em vez de “dádiva”. Pensei que ia deparar-me com uma leitura cheia deste tipo de erros, mas tal não veio a confirmar-se, e ainda bem.

Apesar do título em português, quis dar uma oportunidade a este livro, uma vez que é sobre um tema que me fascina, a Segunda Guerra Mundial, e, mesmo, tratando-se de ficção, possui elementos biográficos e históricos que enriquecem a narrativa. Ficamos a conhecer o papel da Roménia durante e após a Segunda Guerra Mundial no quadro europeu.

No entanto, esta leitura não me agarrou como esperava. Não sei se foi pela escrita, pelos saltos temporais ou pela falta de convicção das personagens, não consegui empatizar com a situação, com o dilema moral, da forma como nos é apresentada. Acabei por sentir que estava perante uma leitura leve sobre uma problemática tão séria e com tanto potencial.

Mas estou em crer que quem gostou de O Rouxinol, de Kristin Hannah, vai gostar de ler este também. Fica a dica.

Boas Leituras ❤️