Opinião: «As Pessoas Invisíveis» de José Carlos Barros

Título: As Pessoas Invisíveis

Autor: José Carlos Barros

Edição: Abril 2022

Páginas: 328

Editora: Leya

ISBN: 9789896613723

Sinopse

Em 1980, é encontrado em Berlim um caderno que relata a descoberta, em terras portuguesas, de uma jazida de ouro, segredo que levará o leitor aos anos da Segunda Guerra Mundial, à exploração de volfrâmio e à improvável amizade de um engenheiro alemão com o jovem Xavier Sarmiento, que descobre ter o dom de curar e se fascina com a ideia de poder. É a sua história, de curandeiro e mágico a temido chefe das milícias, que acompanharemos ao longo do romance, assistindo às suas curas e milagres, bem como aos amores clandestinos e à fuga intempestiva para África.

Percorrendo episódios da vida portuguesa ao longo de cinco décadas – das movimentações na raia transmontana durante a Guerra Civil de Espanha à morte de Francisco Sá Carneiro -, As Pessoas Invisíveis é também a revisitação de um dos eventos mais trágicos e menos conhecidos da nossa História colonial: o massacre de um grande número de nativos forros, mostrando como o fim legal da escravatura precedeu, em muitas dezenas de anos, a sua efectiva abolição.

Entre realismo e magia, poder e invisibilidade, ignomínia e sobressalto, o presente romance, de uma maturidade literária exemplar, foi o vencedor do Prémio LeYa em 2021.

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Opinião

Sinto que não tive maturidade suficiente para compreender este livro em todas as suas dimensões. Não consegui estabelecer paralelo entre as várias fases da narrativa.

Numa primeira fase, acompanhamos a vida de Xavier que tem o dom de curar corpo e alma, as suas venturas e desventuras, em pleno período da Segunda Guerra Mundial. Foi a parte que mais gostei de ler.

Na fase seguinte, a narrativa larga o mote inicial e torna-se numa trama política, de conspiração, na África colonial, no início da década de 1950. Xavier ganha outro tipo de protagonismo, completamente diferente.

Por último, deixamos a personagem principal, e seguimos a narrativa num dia marcante de 1980.

Confesso que, no meu entendimento, a evolução das personagens não me fez sentido. Não é clara a passagem de umas fases para outras, mal lhes consigo achar relação entre si.

Parece-me que toda a história me passou ao lado. E aquele final? Não entendi…

Boas Leituras ❤️

Author: Ana Rute Primo

Licenciada em Educação, com especialização em Pedagogia Social e da Formação, empreendedora e autodidata do mundo digital, apaixonada por livros (tanto faz que sejam em papel como em formato ebook), viciada em bibliotecas e livrarias, adora animais e a natureza, preza o silêncio e o bem-estar físico e emocional. Traz sempre a família no coração. Podem segui-la no instagram em https://www.instagram.com/anaruteprimo .

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