Título: Chamavam-lhe Grace
Autora: Margaret Atwood
Edição: Setembro 2018
Tradução: Ana Falcão Bastos
Páginas: 480
Editora: Bertrand Editora
ISBN: 9789722536349
Sinopse
Corre o ano de 1843 e Grace Marks foi condenada pelo seu envolvimento no brutal homicídio do dono e da governanta da casa onde trabalha. Há quem julgue Grace inocente; outros dizem que é perversa ou louca. Agora a cumprir prisão perpétua, Grace diz não ter qualquer memória do crime. Um grupo de clérigos e espíritos que lutam para que Grace seja perdoada contrata um especialista em saúde mental, uma área científica em expansão na época. Ele escuta a sua história, fazendo-a recuar até ao dia que ela esqueceu. O que encontrará ele quando tentar libertar as memórias de Grace?
Opinião
Uma leitura que se inicia de uma forma muito lenta e com contornos completamente desnecessários para chegar onde realmente interessa. Estive mesmo quase a desistir, mas, após arrancar e sair da fase epistolar, a narrativa torna-se fluida com a Grace a contar-nos a sua própria história e a sua versão dos factos, afinal ela é acusada de ser cúmplice de assassinato.
Já ia com um certo receio, pois alguém me tinha dito que o livro não valia a pena. Mesmo assim, mergulhei de cabeça, insisti e acabei por gostar bastante de entrar naquela época de meados do século XIX, com as suas intrigas próprias da altura, em que a mulher era tão desvalorizada socialmente. Uma história muito comovente e, surpreendentemente, baseada em factos reais em que só nos apercebemos do extenso trabalho de pesquisa levado a cabo pela autora no final do livro.
O passo seguinte é inevitável: devorar a série Alias Grace na Netflix.
Boas Leituras ❤️