Título: Como Água para Chocolate
Autora: Laura Esquível
Edição: Março 2020
Páginas: 208
Editora: Edições Asa
ISBN: 9789892347899
Sinopse
Como Água para Chocolate tem marcado gerações de leitores em todo o mundo desde a sua publicação. Romance mágico e intemporal, conta-nos a história das mulheres da família De La Garza.
Tita, a mais nova, está proibida de casar, condenada pela tradição mexicana a cuidar da mãe até ao fim dos seus dias. Mas Tita apaixona-se por Pedro, transformando irremediavelmente a vida de todos. Perante esse amor impossível, Pedro decide casar com Rosaura, a irmã de Tita, pois é a única forma de estar perto da sua amada. E durante vinte e dois anos Tita e Pedro vivem sob o mesmo teto , dominados pela paixão não consumada.
Os jovens comunicam e seduzem-se através da comida que Tita prepara com a devoção e a ousadia de uma mulher desesperada. Em volta das suas receitas, une-se a família e também se cozem e temperam amores e desamores, risos e prantos, e se celebra o triunfo da alegria e da vida sobre a tristeza e a morte. Até ao dia em que a devoção dos amantes é posta à prova e o seu Destino se concretiza por fim.
Através dos amores proibidos de Tita e Pedro, Laura Esquivel retrata o México rural dos princípios do século XX e tece um hino inesquecível ao prazer dos sentidos e à liberdade criativa da mulher.
Opinião
Este é um daqueles livros que me ficou para sempre na memória. Foi o primeiro romance que li sem ser juvenil, tinha então uns 16 anos.
Agora, tantos anos depois, cerca de 25, apeteceu-me lê-lo novamente, com a curiosidade de saber se ia gostar tanto dele neste momento como na altura, uma vez que o ia ler com outros olhos, com uma experiência de vida bem diferente, mais madura. A resposta é um grande SIM! É um livro que continuarei a levar no coração para toda a vida.
A sua leitura remete-nos para o peso das tradições familiares que devem estar acima de tudo e de todos e nunca, mas nunca, devem ser colocadas em causa, mesmo quando estamos perante o verdadeiro amor.
A história está imbuída de um culturalismo mexicano, um retrato familiar do México rural do início do século XX, que se desenrola entre cozinhados e receitas, amores e desamores, mitos e lendas, fantasmas e o imaginário coletivo.
Toda a narrativa é muito exagerada e pautada por uma espécie de magia indelével onde tudo ganha proporções desmesuradas, onde a comida absorve os humores de quem cozinha e os transporta para os comensais.
A escrita é simples e muito bem conseguida com muito drama e comédia à mistura.
Não sei se é um livro de que toda a gente gostará, é muito fantasioso e pouco exequível na vida real, mas é de uma inegável beleza.
Entretanto, fiquei a saber da existência de mais dois livros que presumivelmente acrescentarão mais alguma coisa à história, mas, muito sinceramente, tenho receio que venham apenas estragar a história do livro original.
São eles:
O Diário de Tita;
O Meu Negro Passado.
Boas Leituras ❤️
Olá Ana Rute,
Eu não conhecia esse livro até você falar que estava lendo ele, lá no Instagram. Por conta disso procurei a sinopse e achei interessante, mas não havia me atraído para ler. Entretanto, amei sua resenha, deu sim uma vontade de conhecer a história, até pelas tradições locais da época, só fiquei com receio sobre ser fantasioso. Isso muitas vezes é um problema para mim.
Beijo!
http://www.amorpelaspaginas.com
Olá Ray,
Também não aprecio fantasia. Quando digo que é fantasioso é no sentido de ser muito exagerado. Por exemplo, quando a Tita cozinha triste, todos os que comem a sua comida ficam tristes e desanimados, choram e não percebem porquê. Mas é uma história que se lê muito bem. Dá uma oportunidade ao livro e logo decides de valeu a pena.
Boas leituras 😉