Título: O Silêncio do Mar / Lisboa Reykjavík
Autora: Yrsa Sigurdardóttir
Edição: Julho 2016
Tradução: Miguel Freitas da Costa
Páginas: 448
Editora: Quetzal
ISBN: 9789897226304
Sinopse
«Ægir e a família falaram com a Islândia quando o iate estava a deixar o porto em Lisboa, mas nunca mais se soube deles desde então.»
Um iate de luxo abandona o porto de Lisboa tendo como destino Reykjavík, na Islândia. Despedindo-se das temperaturas agradáveis da capital portuguesa, a bordo seguem sete pessoas que enfrentarão o frio mar daquele inverno, a caminho do norte. Porém, daí a alguns dias, quando o barco entra no porto de Reykjavík, ninguém é encontrado a bordo. O que aconteceu à tripulação e à jovem família que seguia nele ao zarpar de Lisboa? O que se teria passado em Lisboa, ou durante a viagem, que possa explicar o desaparecimento?
Este é o cenário do melhor e mais assustador romance escrito até hoje pela rainha do policial nórdico, antes publicado com o título O Silêncio do Mar — um mistério sobre a escuridão do oceano, Lisboa, a família, a fama, negócios obscuros e, como sempre, o mal e a conspiração do ódio.
Opinião
Não é segredo para ninguém que gosto muito da autora Yrsa Sigurdardóttir. Até à data li Cinza e Poeira, Lembro-me de Ti (talvez o meu preferido), Alguém para tomar conta de mim e agora O Silêncio do Mar, cuja reedição tem o título Lisboa Reykjavík.
Para me decidir a ler este livro só li as primeiras linhas da sinopse que, basicamente, constam do seguinte: um iate de luxo parte do porto de Lisboa com sete pessoas a bordo, entre tripulantes e passageiros, mas quando chega ao seu destino, Reiquiavique, encontra-se absolutamente vazio.
A narrativa desenrola-se, por um lado, através da investigação da advogada, Thóra, contratada pelos familiares de um dos viajantes, por outro, vamos seguindo os acontecimentos que têm lugar durante a viagem do iate e a interação com as várias personagens que seguem a bordo.
«Não sou especialmente supersticioso, mas toda essa conversa sobre uma maldição punha-me nervoso.» (Cap. 8)
Yrsa já nos vem habituando a seu estilo Nordic Noir, com muito suspense, mistério, muitas incertezas, sem que percebamos se estamos no campo do sobrenatural ou não. Só no fim tudo se encaixa e revela.
«(…) senti como se as pessoas ainda ali estivessem, como se não se tivessem capacitado de que deviam ter desaparecido.» (Cap. 5)
Gostei muito apesar de achar que o final poderia ter dado para um pouco mais, foi demasiado rápido quando comparado com o ritmo de toda a narrativa. Mas a verdade é que nada é o que parece…
«Se fossem os seus filhos, quereria o assunto fechado ou antes agarrar-se a uma esperança, talvez ao longo de toda a sua vida? (…) talvez preferisse viver com a incerteza.» (Cap. 10)
Espero que a nova edição tenha tido a oportunidade de ser revista, uma vez que a revisão da edição digital carece de muitas melhorias.
Boas Leituras ❤️