Título: Todos Devemos Ser Feministas
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Edição Digital: Julho 2014
Tradução: Simão Sampaio
Páginas: 112
Editora: D. Quixote
ISBN: 9789722057431
Sinopse
“Peço-vos que sonhem e planeiem um mundo diferente.
Um mundo mais justo. Um mundo de homens e mulheres mais felizes, mais fiéis a si mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos de criar as nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos de criar os nossos filhos de uma maneira diferente.”
O que é que o feminismo significa hoje em dia?
Neste ensaio pessoal – adaptado de uma conferência TED – Chimamanda Ngozi Adichie apresenta uma definição única do feminismo no século XXI. A escritora parte da sua experiência pessoal para defender a inclusão e a consciência nesta admirável exploração sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje. Um desafio lançado a mulheres e homens, porque todos devemos ser feministas.
Opinião
Um livro obrigatório! Pequeno, mas com mensagens assertivas e grandiosas.
«Perdemos muito tempo a ensinar as raparigas a preocupar-se com o que os rapazes pensam delas. Mas o oposto não acontece.» (Okoloma era um dos meus)
Tantas são as pessoas que confundem femismo com feminismo. Através da experiência pessoal de Chimamanda, é tão fácil perceber não só a diferença entre ambas as terminologias, como os conceitos se encontram em campos diametralmente opostos.
«(…) feminista é o homem ou a mulher que diz: “Sim, existe um problema de género ainda hoje e temos de o resolver, temos de o melhorar.”» (Okoloma era um dos meus)
Um livro para adultos, de leitura obrigatória também para os jovens. É necessário esclarecer, orientar e fornecer ferramentas aos adultos de hoje e aos de amanhã. Apesar dos avanços conhecidos na sociedade atual, ainda há muito caminho a percorrer, muitas mentalidades para trabalhar, muito espaço de manobra para tornar o mundo num espaço cada vez mais equitativo, responsável, justo, acolhedor.
«(…) quão negativa é a carga da palavra feminista: a feminista odeia os homens, odeia sutiãs, odeia a cultura africana, acha que as mulheres devem mandar nos homens; ela não se pinta, não se depila, está sempre zangada, não tem sentido de humor, não usa desodorizante.» (Okoloma era um dos meus)
Ser feminista é tão-somente “uma pessoa que acredita na igualdade social, política e económica entre sexos” sem ódios, sem superlativos, sem totalitarismos.
Gostei, igualmente, do conto Casamenteiros, incluído nesta edição, que nos dá conta não apenas da condição da mulher oprimida, como a do homem que renega por vergonha os seus costumes, a sua língua, o seu país, por força dos processos de aculturação.
«Tinhas a pele clara. Eu tinha de pensar no aspeto dos meus filhos. Os negros de pele clara saem-se melhor na América.» (O meu novo marido levou)
Tanto o ensaio sobre o feminismo como o conto Casamenteiros passam mensagens muito poderosas e algo perturbadoras sobre a humanidade e os seus inúteis preconceitos, muitas vezes designados por “cultura”.
«(…) o homem que se sente intimidado por mim é exatamente o tipo de homem por quem não me interesso.» (Okoloma era um dos meus)
Boas Leituras ❤️