O densamente povoado Sul da Europa tem para oferecer, não apenas tesouros culturais de renome mundial, mas também a sua abundante
natureza intocada. Espécies animais ameaçadas pela extinção, como ursos, lobos, cegonhas e águias-pesqueiras, encontram, em vastas regiões de floresta e fluviais e no remoto mundo montanhoso, um habitat à sua medida. Os glaciares alpinos franceses contrastam magistralmente com a paisagem da Côte d’Azur.
A costa norte de Espanha, o Algarve, a Serra Nevada ou o fértil vale do Douro, juntamente com os arquipélagos atlânticos e mediterrânicos, compõem a natureza multifacetada desta região do globo. Desde sempre nos enamorámos pela Toscana, são míticos o Vesúvio e o Etna, e inacessíveis as Dolomitas. Montanhas como o Olimpo e o Parnasso inspiraram a arte e a literatura. Em países como a Albânia, Bulgária, Croácia ou Eslovénia, a natureza surge ainda mais intensa com os seus penhascos agrestes, colinas solitárias e vales romanticamente intactos.
A Europa alberga inúmeras regiões intocadas de traços arcaicos e a única tarefa que se exige do ser humano é que as proteja com o estatuto de parque nacional ou reserva da biosfera e que assim conserve os habitats dos animais que nelas residem. Como disse António Guterres, Secretário-geral da ONU, citando Petteri Taalas, da Organização Mundial de Meteorologia: «Somos a primeira geração a compreender as alterações climáticas e a última que pode fazer alguma coisa a esse respeito».