Touro Como Nós, de Luís M. Vicente, é um livro sobre animais. Sobre as suas emoções, sobre os seus sentimentos, sobre o seu sofrimento.
O autor, que é biólogo, professor universitário e investigador integrado no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, escreve este ensaio em coautoria com Ngombe, um touro, e explica a festa brava de uma perspetiva biológica.
Para o fazer, parte de uma fascinante exposição da consciência animal e da própria constituição daquilo a que chamamos vida, com considerações esclarecedoras mas sempre desafiantes sobre a natureza da senciência, do prazer e da dor, da perceção do mundo e do comportamento animal – tanto humano como não-humano. No fundo, Touro Como Nós trata-se de uma abordagem estritamente científica de um tema polémico e fraturante que tem estado na agenda política e sociológica de Portugal nos últimos anos.
Tal como diz o autor, «Uma discussão sobre sofrimento, a qual é o objetivo deste livro, não pode ser baseada em senso comum, em crenças, em preconceitos religiosos ou em subjetividades. Ela só faz sentido se o seu campo for o campo da ciência».
Sinopse:
BRAVOS: assim temos por costume designar os touros. Encarnação da coragem, da bravura, da força. Brava é também a festa desse nome, celebração de cultura ou tradição.
MAS SERÁ MESMO ASSIM?
Que bravura tem realmente cada animal – homem e touro – que faz esta dita festa?
As tradições profundamente enraizadas, em diversas zonas do nosso país e do sul da Europa, fazem com que seja difícil encarar esta prática com objetividade e distanciamento. Luís Vicente, professor universitário e investigador integrado no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, traz ao debate uma muito necessária perspetiva. Escreve este ensaio em coautoria com Ngombe, um touro, e explica a festa brava de um ponto de vista biológico e cultural. Para o fazer, parte de uma fascinante exposição da consciência animal e da própria constituição daquilo a que chamamos vida, com considerações esclarecedoras mas sempre desafiantes sobre a natureza da senciência, do prazer e da dor, da perceção do mundo e do comportamento animal – tanto humano como nãohumano.
Um ensaio indispensável não só para compreender o que realmente envolve esta tradição, como também para refletir acerca da vida na Terra e dos nossos deveres e direitos enquanto animais autodenominados racionais.
Sobre o Autor:
Luís M. Vicente é biólogo, professor universitário e investigador. É licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, doutorado em Evolução e Agregado na mesma instituição. Tem lecionado Comportamento Animal, Ecologia, Evolução, Bioética e História do Pensamento Biológico em várias instituições universitárias em Portugal e no estrangeiro. Foi investigador do projeto mundial das Nações Unidas, Millennium Ecosystem Assessment e coordenou o mesmo em Portugal. Sócio fundador da Sociedade Portuguesa de Etologia, e da Associação Portuguesa de Primatologia, é membro da International Primatological Society. No domínio científico tem cerca de uma centena de artigos publicados em revistas internacionais, bem como capítulos de livros de edição mundial sobre Ecologia e Comportamento Animal.