Volume 16, «Primeiras obras sobre arquitetura», com coordenação de
Joana Balsa de Pinho e João Vieira Caldas
Sinopse:
Primeiras obras sobre arquitetura começa por apresentar Da fábrica
que falece à cidade de Lisboa, obra escrita em 1571 e dedicada a D.
Sebastião. Da autoria de Francisco de Holanda, foi o primeiro trabalho
sobre a cidade e a sua arquitetura redigido por um profissional dessa
área, em português e preparado para ser impresso em Portugal.
Consiste numa obra fundamental da cultura arquitetónica e da cultura
humanística do século XVI, revelando uma filiação na cultura europeia
da época.
Tratado de arquitetura, de António Rodrigues, confere um duplo
pioneirismo a este volume das Obras pioneiras: é o primeiro tratado
português sobre arquitetura e nunca foi publicado até hoje. Desde
1565 o seu autor foi mestre das obras reais, o mais alto cargo que um
arquiteto podia desejar no reino e, desde 1575, mestre das obras de
fortificação (1575-1590), equivalente a engenheiro-mor. Em 1573,
passou a lecionar na «Aula Particular dos Moços Fidalgos» (criada para
acompanhar a educação de D. Sebastião e do seu círculo de jovens
cortesãos) as matérias relacionadas com a geometria aplicada ao
desenho arquitetónico e perspetiva. Dos elementos de preparação
para as suas lições nasceu o tratado que agora se publica.
Este volume inclui também Jornada pelo Tejo – Dividida em doze dias, em cada um dos quais se tratam diversas matérias concernentes à arquitetura civil e seus pertences 1791-1792), e os respetivos Aditamentos, de José
Manuel Carvalho e Negreiros. Trata-se do primeiro texto sobre teoria arquitetónica e urbanística, escrito em português, informado pelo iluminismo e enciclopedismo, abrangendo um espectro disciplinar alargado. Texto inédito até agora, o seu autor, filho de Eugénio dos Santos (o responsável pelo desenho da Lisboa pombalina), ocupava o cargo de segundo arquiteto dos Paços Reais em 1778 e, em 1805, passou a primeiro arquiteto das Obras dos Paços e do Mosteiro da Batalha.